A NRF 2023 (National Retail Federation Retail’s Big Show) aconteceu na semana passada em Nova York e contou com a participação dos maiores nomes do mercado varejista. Esse não é apenas um momento de conhecer diversos projetos e realidades de mercado, mas é principalmente o momento de captar o que vem por aí no decorrer dos anos.
Nosso executivo Paulo Guimarães (Peguim), também presidente da AFRAC esteve presente no evento e compartilhou as principais tendências tecnológicas que percebeu em sua viagem, confira abaixo.
OMNICANALIDADE E VAREJO FÍSICO
Mais uma vez, a Omnicanalidade foi tema muito discutido no evento. Após uma mudança brusca no cenário de consumo durante a pandemia, o período de adaptação está se tornando bem definido e o varejo físico mostra que ainda é dominante em todo o mundo.
A tendência para este ano envolve a disponibilidade de integrações entre os lados de consumo digital e físico. A Omnicanalidade (significando a conexão entre os dois espaços) se torna muito mais uma necessidade do que um benefício. “Quem não buscar essa atualização de forma rápida e integrada, vai ficar para trás, é algo necessário para os grandes varejistas se manterem atualizados sem abrir mão dos controles de estoque e de uma gestão conectada”, explica Peguim.
INVENTÁRIO E ESTOQUE NA PALMA DA MÃO
Ainda relacionando os processos de gestão Omni com novidades do mercado, para os próximos anos, a tendência é que as consultas de inventário e estoque estejam disponíveis em vários dispositivos. Com a sincronização entre o que está disponível na loja e o que está na em estoque, os vendedores em espaços físicos devem contar com a possibilidade de consultar a disponibilidade do produto, em qual loja se encontra e agendar a entrega ou retirada, sem deixar o cliente insatisfeito no momento.
“Isso tudo faz parte de uma onda de adaptar microsserviços para ambientes em nuvem, diversas funções agora ficam disponíveis, isso é excelente no ponto de unificar e facilitar a passagem de informações, seja no celular, em um tablet ou mesmo no computador”, ressalta o executivo do Myrp.
O FÍSICO-DIGITAL NAS PRATELEIRAS
Outra tendência muito presente na NRF deste ano é a fusão chamada de “figital” ou “phygital“, tratando do compartilhamento entre físico e digital. Os próximos passos envolvem o posicionamento das marcas e lojas mais como hubs mostruários e menos como espaços de compra. Com a possibilidade de um estoque conectado, através do que é chamado de “prateleira infinita“, a experiência se torna mais fácil e contínua.
Na loja da Amazon Go, nova proposta da empresa, o cliente não precisa se preocupar com nada, basta realizar login no aplicativo pelo celular e sair com os produtos. “O que percebemos após a pandemia, é que as lojas físicas continuam muito fortes, não vamos migrar inteiramente para o digital. Na verdade, vamos reforçar o físico através de uma digitalização dos ambientes, que é algo muito diferente de migrar 100% para o virtual”, conta Peguim.
