NFCom: o que muda para empresas de comunicação, telecomunicações e escritórios contábeis

O calendário fiscal brasileiro tem uma data que se aproxima rapidamente: 1º de novembro de 2025. A partir desse dia, a Nota Fiscal Fatura de Serviço de Comunicação Eletrônica (NFCom – modelo 62) se torna obrigatória em todo o país, substituindo definitivamente os modelos 21 e 22. A mudança impacta diretamente o setor de comunicação e telecomunicações, desde grandes operadoras nacionais até rádios locais, provedores regionais e empresas de streaming. 

Embora o foco esteja nas empresas que emitem o documento, os reflexos chegam também às pequenas empresas que contratam esses serviços e aos escritórios contábeis, que terão papel fundamental na orientação e adaptação de seus clientes. 

O que é a NFCom e o que muda 

A NFCom é parte do processo de digitalização fiscal que já transformou diferentes setores no Brasil. Assim como a NF-e para a indústria, a NFC-e para o varejo e a NF3-e para energia elétrica, a NFCom traz o setor de comunicação e telecomunicações para um novo patamar de integração digital e validação em tempo real. 

A principal diferença em relação aos modelos anteriores é justamente essa validação instantânea pelo Fisco. Erros que antes podiam ser corrigidos posteriormente agora geram rejeições imediatas. Isso exige maior rigor nos cadastros, nos processos de faturamento e na qualidade das informações transmitidas. 

Outro ponto de destaque é a simplificação das obrigações acessórias. Procedimentos que antes exigiam envios separados passam a ser atendidos dentro da própria nota. Essa unificação reduz custos, riscos de erros e tempo gasto com tarefas repetitivas, permitindo que as empresas se concentrem mais em sua operação principal. 

Entre os principais benefícios da NFCom estão: 

✅ Validação instantânea que elimina retrabalhos;
✅ Integração direta com obrigações acessórias;
✅ Padronização nacional, facilitando operações multiestaduais;
✅ Redução de custos operacionais e de consumo de papel. 

O impacto nas empresas de comunicação e telecomunicações 

As empresas do setor são as protagonistas da NFCom, e cada porte enfrenta desafios específicos. 

Grandes operadoras e emissoras lidam com o desafio da escala. São milhões de clientes e transações que precisarão passar pela validação em tempo real, sem margem para falhas. Isso exige bases cadastrais impecáveis, integração entre sistemas complexos (ERP, billing, CRM, financeiro) e infraestrutura tecnológica preparada para manter operações 24/7. Qualquer inconsistência pode gerar rejeições em massa e atrasar o faturamento. 

Já empresas regionais e de menor porte, como rádios locais ou provedores de internet comunitários, precisam concentrar esforços na adequação de seus sistemas de gestão. Muitas vezes utilizam softwares fiscais que não foram projetados para lidar com o modelo 62. A atualização dessas ferramentas, somada ao treinamento das equipes e ao redesenho de processos internos, é fundamental para evitar interrupções na operação e garantir conformidade a partir de novembro de 2025. 

Em todos os casos, a mensagem é clara: a NFCom não é apenas uma atualização de layout, mas uma mudança estrutural que exige revisão de tecnologia, processos e cultura organizacional. 

O papel das pequenas empresas 

Mesmo que não emitam NFCom, as pequenas empresas que contratam serviços de comunicação e telecomunicações também sentirão os efeitos da mudança. Isso porque passarão a receber o novo documento fiscal em substituição aos modelos anteriores. 

Na prática, isso significa que seus sistemas de gestão e contabilidade precisarão estar atualizados para reconhecer e processar a NFCom. Se o ERP ou software contábil não estiver preparado, a empresa pode enfrentar dificuldades para lançar corretamente esses documentos, prejudicando a escrituração fiscal e a organização financeira. 

Outro ponto crítico é a atualização dos cadastros empresariais. Informações incorretas, como razão social desatualizada, CNPJ incorreto ou endereço divergente, podem gerar rejeição automática no momento da emissão feita pelo fornecedor. Esse tipo de problema costuma atrasar a cobrança, impactar a relação contratual e até suspender temporariamente a prestação de serviços. 

Por outro lado, essa adaptação traz ganhos. Com notas fiscais eletrônicas mais integradas e confiáveis, as pequenas empresas podem reduzir retrabalhos administrativos, simplificar a conferência de contas de telecom e melhorar a integração com os escritórios contábeis. É uma mudança que, se bem aproveitada, pode transformar a rotina em algo mais ágil e eficiente. 

A oportunidade para os escritórios contábeis 

A chegada da NFCom representa muito mais do que uma simples mudança de documento fiscal: é uma oportunidade para os escritórios contábeis ampliarem sua atuação e se posicionarem de forma ainda mais estratégica junto aos clientes. 

O primeiro papel do contador será consultivo. A transição para a NFCom exige revisão de cadastros, testes em sistemas e mudanças em processos internos das empresas de comunicação e telecomunicações. Escritórios que orientarem seus clientes com antecedência, oferecendo diagnósticos, checklists de adequação e auditorias de cadastros, agregarão valor real e fortalecendo a relação de confiança. 

Outro ponto relevante é a mudança na dinâmica do relacionamento com os clientes. Com a validação em tempo real, problemas de cadastro e inconsistências são identificados imediatamente, e não semanas depois. Isso abre espaço para uma atuação preventiva, onde o contador deixa de ser apenas quem “aponta erros” e passa a ser parceiro estratégico que ajuda a evitá-los. 

Do ponto de vista operacional, a NFCom também traz ganhos internos. A integração automática com sistemas fiscais como o SPED reduz o retrabalho de digitação e conferência de documentos. Isso libera tempo da equipe contábil, que pode ser redirecionado para serviços de maior valor agregado, como consultoria tributária, planejamento e relatórios gerenciais mais frequentes e precisos. 

A capacitação das equipes é outro fator decisivo. Compreender o funcionamento da NFCom, interpretar mensagens de rejeição e saber orientar clientes de forma rápida e segura fará diferença no mercado. Escritórios que investirem nesse conhecimento se destacarão da concorrência e poderão até transformar essa expertise em novos serviços especializados. 

Em resumo, a NFCom não deve ser vista apenas como uma obrigação adicional, mas como um diferencial competitivo para escritórios que souberem se antecipar. Aqueles que unirem conhecimento técnico, serviços consultivos e proximidade com os clientes terão mais condições de fidelizar sua base atual e conquistar novos negócios em um momento de transformação digital do ambiente fiscal brasileiro. 

Desafios e preparação 

O maior desafio da NFCom está na adequação tecnológica. Muitas empresas ainda utilizam sistemas antigos que podem não ser compatíveis com o modelo 62. Será necessário atualizar plataformas, rever integrações e, em alguns casos, migrar para soluções mais modernas. 

Outro ponto crítico é a cultura organizacional. O modelo anterior permitia certa flexibilidade para corrigir erros posteriormente. Agora, com validação em tempo real, é preciso garantir que os dados estejam corretos logo na primeira emissão. Isso exige mudanças nos processos e treinamento das equipes. 

Por fim, há o fator tempo, pois a experiência com outras obrigações fiscais mostra que o período é curto quando se considera todas as etapas: diagnóstico, atualização de sistemas, capacitação, testes e ajustes. Antecipar-se é a melhor estratégia para reduzir riscos e evitar correria na reta final. 

NFCom: obrigação legal e oportunidade estratégica

A NFCom não é apenas uma exigência regulatória: ela representa uma nova etapa na digitalização fiscal do Brasil. Para empresas de comunicação e telecomunicações, a adaptação é inevitável; para pequenas empresas, significa mais eficiência nos processos internos; e para escritórios contábeis, abre a oportunidade de atuar de forma ainda mais estratégica e próxima dos clientes. 

Quem se preparar desde já chegará em novembro de 2025 não apenas em conformidade, mas em vantagem competitiva, com processos mais ágeis, integrados e confiáveis.

Sobre o Myrp e o Grupo Inventti 

O Myrp, como parte do Grupo Inventti, possui experiência consolidada e pioneira no desenvolvimento de soluções fiscais eletrônicas no Brasil. A Inventti foi responsável por um marco histórico: em 1º de março de 2024, viabilizou a emissão da primeira NFCom válida em ambiente de produção no Brasil, protagonizada pela Rádio 92FM, de Timbó (SC). Este feito simboliza a capacidade do grupo de trabalhar tanto com pequenas empresas locais quanto com operações de grande escala. 

Na outra ponta, a Inventti também atende a VIVO, uma das maiores operadoras de telefonia do Brasil, processando milhões de transações diárias e gerenciando uma das infraestruturas fiscais mais complexas do país. Essa operação exige não apenas tecnologia de ponta, mas capacidade comprovada de manter sistemas críticos funcionando 24/7. 

A trajetória da primeira NFCom ilustra perfeitamente a essência da transformação digital fiscal: começou com uma pequena rádio do interior de Santa Catarina e hoje se estende às maiores operadoras nacionais. Essa experiência única, que vai de rádios comunitárias até telecoms de milhões de clientes, posiciona o Grupo Inventti como referência em transformação digital fiscal. Como parte desse grupo, o Myrp traz essa expertise para o universo das pequenas e médias empresas, oferecendo soluções que vão da conformidade básica até a otimização completa de processos fiscais e operacionais. 

O Myrp já está preparado para atender o setor de comunicação e telecomunicações com a NFCom. Entre em contato conosco agora mesmo para saber mais:

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